quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Moinho de Pedra

Eleito algumas vezes o melhor restaurante vegetariano do Brasil, o Moinho de Pedra era um lugar que eu queria conhecer, mas nunca conseguia. Abre apenas para almoços e fecha aos domingos. Como se localiza meio afastado de onde moro, ficava difícil de conciliar. Finalmente consegui ir há alguns dias.


Com um ambiente "semi-casa de vó", parecido com o Lá da Venda (mas sem o mesmo charme), tem uma lojinha bacana de produtos vegetarianos e orgânicos na entrada - o pão de 5 grãos é delicioso: consistente sem ser massudo, com sabor bem intenso e abundante nos grãos.

Ao chegar você entra em uma fila para ser atendido no balcão para pedir a comida que já está pronta, como se fosse um buffet. Aí que a confusão começa: você tem que perguntar a descrição dos pratos, pois não é explicado no cardápio, você não sabe o preço das coisas, nem se voce vai pagar por prato, porção ou "menu". Comi uma quiche de queijo com cebolas carameladas, espinafre e tomates - bem gostoso, com a massa bem sequinha, mas sem nada muito especial. O fundo de alcachofra recheado com quinoa é incomível: pra não dizer que era completamente sem gosto, tinha um horrível que prefiro nem lembrar - só conseui dar duas garfadas (pra confirmar). Sobremesa comi um cheese cake de maracujá OK: um bom balanço de doce e azedo, com uma calda gostosa, mas a massa do fundo estava muito úmida. Tomei um gostoso suco de gengibre thai, reservado para os fortes - ou para os com a garganta ruim. Provei também o nhoque (pesado) com molho de tomate (ralo) e um bolo de chocolate com frutas meia boca.

Resumo: quiche + alcachofra + suco + café = R$80. Sinceramente? Não vale nenhum pouco. Não por que estava ruim, mas porque acho um pouco demais para coisas que você pode comer igual ou melhor em outros lugares não vegetarianos.

Se este é o melhor restaurante vegetariano do Brasil, estamos mal neste quesito. Talvez dê uma segunda chance, mas preciso me esquecer da alcachofra antes.

 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Taberna 474

As tascas estão para Portugal, como os bistrôs estão para a França: surgiram como pequenos restaurantes familiares que ofereciam comidas caseiras e substanciosas geralmente usando ingredientes menos nobres, leia-se baratos. Ao longo dos anos o termo foi virando sinônimo de restaurante português e, especialmente em São Paulo, não necessariamente pequeno e muito menos barato. 

A Taberna 474 fica num limbo entre Pinheiros e o Itaim, numa simpática esquina relativamente arborizada e com muitas vagas para se estacionar - coisa rara por aqui. A decoração segue o estilo "semi-rústico" com muita madeira e toalhas de tecido. O cardápio tem opções para todos os gostos, embora a carta de vinho não seja para todos os bolsos.

As pataniscas de bacalhau, são uma espécie de bolinhos feitos com ovos e farinha de trigo bem mais leves e crocantes, estavam muito boas, melhores do que várias que comi em Portugal. O arroz de pato é imperdível: encorpado e de gosto bem intenso, com generosos pedaços de pato e linguiça. O bacalhau na brasa é a estrela do cardápio: um pedaço respeitável que serve 4 pessoas, embora no cardápio diga que é para duas - basta pedir mais acompanhamentos, grelhado na brasa no próprio osso, o que garante uma firmeza e suculência no ponto. Para o meu paladar faltava um pouco de gosto, mas nada que um toque de sal e limão não resolvessem.

De sobremesa comi o arroz doce: bem saboroso com consistência al dente e um toque de canela.











terça-feira, 15 de maio de 2012

Faire la Bombe

É uma pequena patisserie em Pinheiros que vem seguindo a febre de "versões tunadas de docinhos tradicionais". A onda começou com os cupcakes, passou pelos brigadeiros gourmets, quindins e agora chegou nas bombas. A bomba é feita com pâte à choux assada - não é difícil de fazer, mas tem que ter um bom braço, ou para os preguiçosos como eu, uma boa batedeira. A massa pode ser recheada por qualquer coisa semi-firme, geralmente um ganache, e a cobertura vai por cima para complementar o recheio e deixar a bomba mais apresentável.

O ambiente é bonitinho, com algumas mesas em uma lateral e o balcão com as atendentes e os doces do outro. No fundo fica a cozinha-aquário onde vemos o cozinheiros preparando tudo em real-time. As variedades das bombas estão escritas em um quadro negro com o nome e seus ingredientes - acho isso ótimo porque simplifica a escolha e evita problemas com pessoas alérgicas. Estão disponíveis em 2 tamanhos com preços que variam em média de 4 a 9 reais a unidade. O atendimento é um pouco confuso e lento nos horários de pico, causando uma mini muvuca, mas que é compensada pela simpatia das atendentes.

Eu queria provar a de limão siciliano, mas não tinha e tive que me contentar com a de brigadeiro e a de pistache. Massa sequinha e firme na medida certa com recheio abundante nos dois casos. A de brigadeiro não é excessivamente doce e deixa um gostinho de quero mais. A de pistache é OK: tem realmente sabor de pistache mas com um retrogosto de amêndoas, que me lembrou marzipã que, por sua vez, me fez pensar em barata - nada me tira da cabeça que barata deve ter gosto de marzipã - não comerei essa de novo.

Voltarei, mas eu esperava algo mais inovador como uso frutas locais e bombas salgadas - acho que vou ter que fazer eu mesmo a minha sonhada bomba de queijo com farofa de presunto cru.






segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pensando diferente

Às vezes mudar a apresentação de um prato deixá-lo mais funcional e divertido.

Aqui fiz um carpaccio com presunto cru.

- Método:

1. Abra as fatias de presunto e coloque uma ao lado da outra.
2. Coloque uma quantidade de rúcula menor do que você gostaria (senão não enrola).
3. Rale um pouco de parmesão.
4. Enrole como se fosse um sushi, corte em pedaços.
5. Tempere com azeite extra virgem e o vinagre que quiser.



A Chapa

Sabe aqueles lugares: nunca fui e não tenho vontade? Pois é, A Chapa era um deles. Por um motivo qualquer, nunca tive vontade de ir lá - mas fui neste sábado à tarde fazer uma "boquinha".

Como não queria comer muito peguei leve: comecei com um milk shake de Ovomaltine. Não tem ciência alguma, precisa ser muito desorientado pra não fazer um bom, vem com canudo grosso e uma colher longa para ajudar no serviço.

Sou fã de batatas doces fritas. Quando vi no cardápio tive que pedir, mas não valem a pena: apesar de crocantes e macias por dentro, tem um bizarro gosto de abóbora!

O sanduíche foi um hot dog com bacon e a maionese "caseira" deles, não posso dizer que estava ruim, mas nada diferente do que pode ser feito em casa com bacon e salsichas de supermercado.

No final das contas não foi de todo ruim. Contudo, só vale a pena se não tiver nenhum, realmente, nenhum outro lugar pra comer.





terça-feira, 24 de abril de 2012

Cogumelos com alho poró


Algumas vezes, apenas um método de cocção não é suficiente para trazer o melhor de cada componente de um prato.
Neste caso, os cogumelos devem ser cozinhados em alta temperatura para caramelizar por fora e manter uma textura firme por dentro. Enquanto que o alho poró tem que ser refogado em fogo médio para amolecer sem tostar. Solução: preparar os dois separados e juntar no final.

Servi por cima de uma polenta mole, com um fio de azeite de oliva e sal trufado.

Ingredientes
- +/- 300g de cogumelos cortados em pedaços do mesmo tamanho (prefiro eyringui ou maytake, mas Paris ou shiitake também servem).
- 1 alho poró grande cortado em lascas finas
- 2 dentes de alho fatiados bem fino
- 1 ramo de tomilho
- Pimenta cayenna
- 2 xícaras de café de caldo de legumes (ou água)
- 1 xícara de café de licor Frangelico
- Azeite de oliva
- Sal

Preparo
1. Esquentar bem uma frigideira. Despejar um fio de aziete.
2. Colocar os pedaços de cogumelo e saltear até ficarem dourados por fora, mas ainda bem firmes por dentro. Temperar com sal e uma pitada de pimenta cayenna.
3. Adicionar o licor e flambar até o licor reduzir e formar uma calda. Reservar.
4. Dexar a frigideira perder um pouco do calor, acrescentar mais um fio de azeite e refogar o alho.
5. Quando o alho começara dourar, acrescentar o alho poró e mexer por uns 3 a 5 minutos. 
6. Acrescentar o caldo, o tomilho e deixar tampado até o alho poró amolecer mas mantendo ainda uma certa crocância.
7. Acrescentar os cogumelos (com o caldo que tiver escorrido) e misturar apenas pra esquentar de novo.
8. Acertar o sal e servir.






Polenta


Fazer polenta não é difícil nem trabalhoso, basta ter a "manha". A proporção é de aproximadamente 1 parte de polenta em pó para 8 partes de líquido. Coloque tudo na panela com o líquido frio e misture. Leve ao fogo tampado e mexa de vez em quando para não grudar no fundo até ficar pronto. É só. Leva aproximadamente meia hora do início ao fim.

O mais importante é ter ingredientes de qualidade: nada de polenta semi pronta, polentina ou aquelas coisas  ensacadas que parecem um tijolo. É o líquido que vai dar a maior parte do gosto da polenta, portanto, se ele não for bom, não "tem jeito que dê jeito", como diria o cantor Falcão. Leite, um bom caldo de legumes ou frango, a água que sobra da reidratação de cogumelos secos, quase qualquer coisa vale, contanto que seja gostoso. 
No final, para deixar mais especial, você pode finalizar como se fosse um risotto: naco de manteiga, queijo ralado na hora  e mexer até emulsionar. 

Um das coisas boas é que a polenta pode ser resfriada ou congelada para comer em um outro momento - frita, grelhada ou mole novamente. À propósito, geralmente faço cremosa, de consistência parecida com iogurte: nem grosso como purê, nem líquido como sopa.


Cenouras com laranja

A cenoura é um legume que preserva mais o seu sabor quando é cozido em pouca água com uma pequena quantidade de gordura, geramente manteiga. Se a idéia for ser mais saudável, azeite também funciona. Para acrescentar uma outra dimensão de sabor, pode substituir a água por suco de laranja, o que confere acidez para contrabalancear a doçura da cenoura, além de cobrir os pedaços com uma calda brilhante. Se quiser, dá pra colocar também alguma erva (lícita) como tomilho ou sálvia, que fica bem interessanhte.

Ingredientes
- Cenoura descascadas (em pedaços aproximadamente do mesmo tamanho)
- Suco de laranja (de preferência fresco) suficiente para quase cobrir a cenoura
- Um pedaço de manteiga (menor que uma porção francesa e maior que uma italiana) ou um fio grosso de azeite.
- Sal a gosto

Preparo
1. Colocar tudo junto em uma panela.
2. Levantar fervura, depois baixar o fogo e deixar reduzir com a panela tampada.
3. Quando o suco estiver grosso, as cenouras estarão prontas.


sábado, 14 de abril de 2012

Chocolates Dagoba

"Você pode privar o corpo, mas a alma precisa de chocolate". Esse é o lema da Dagoba, produtora americana de chocolates orgânicos criada em 2001. Favorece o cultivo sustentável e dá dicas de economia de energia na embalagem - bem legal.

Devorei hoje o Chai. Como imaginado, contém essência de chai, gengibre cistalizado, leite e 37% de cacau. Quando quebrado, estala menos do que um meio amargo mas, muito mais do que eu esperava para este percentual de cacau. Da mesma maneira que em um espaguete bolonhesa o principal elemento é a massa, mas quem aparece mesmo é o molho, nesta barra o cacau apenas dá suporte aos demais ingredientes. O sabor do chai é marcante com uma boa persistência, sem ser agressivo ou muito amargo - por isso o alto percentual de leite. O gengibre cristalizado é crocante e confere um retrogosto que não deixa o chocolate enjoativo.

Gostei bastante, mas não é uma barra para os ortodoxos.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Chocolates Amedei

Existe chocolate e existe CHOCOLATE. A Casa Amedei merece todas as letras maiúsculas - chocolate gourmet da região da Toscana, mais precisamente, de Pisa. Isso mesmo, lá tem outra coisa muito mais interessante que a torre. Já foi escolhido o melhor do mundo em uma ocasião e é realmente delicioso. Está disponível em diversos "sabores" e tive a sorte de poder comprar algumas barras.

# Toscano Black 70%
Blend de 2 tipos diferentes de cacau, barra negra reluzente, que estala ao quebrar e morder os pedaços. Derrete devagar na boca, espesso, cremoso e amargo na medida. Discreta acidez (menos pronunciada que nos Varlhonas) que estimula a salivação e ajuda a limpar a boca. Deixa um leve retrogosto de tostado e barrica de vinho tinto. Acaba de se tornar o meu chocolate industrializado preferido.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Perfurador de carnes

Por mais que seja divertido amaciar carnes batendo com um martelo, com o bônus de aliviar o stress do cozinheiro, isso deixa o corte mais fino - assim que o paillard é feito.
Existe um apetrecho de cozinha chamado jaccard que cria um zilhão de microperfurações na carne. Suas lâminas rompem as fibras de colágeno, deixando a carne mais macia.
Outro benefício é que os orifício permitem que os temperos penetrem mais profundamente, deixando-a mais saborosa.

domingo, 8 de abril de 2012

Salmão com pele crocante

Cozinhar peixes não é a coisa mais fácil do mundo mas, fazer uma posta com a pele crocante e o meio suculento é fácil. Salmão é um peixe excelente para este tipo de preparo já que, por ser gorduroso, é mais condescendente com o cozinheiro.
O primeiro passo é fazer pequenas incisões na pele (sem atravessar por completo). Quanto mais incisões, mais crocante fica. Colocamos os temperos dentro destes sulcos - tomilho, sal, pimenta, curry, missô ou qualquer outra coisa.
Não é obrigatório, mas uma frigideira antiaderente facilita muito as coisas. Ela deve estar bem quente com um fio de óleo de canola (prefiro ao azeite de oliva por ter um sabor mais neutro e um ponto de fumaça mais alto). Coloca-se a posta na frigideira com a pele para baixo e, para evitar que o peixe se curve e não fique completamente em contato com a frigideira, precisa fazer uma pressão por cima dele .
Aí é só deixar parado até ficar 70% pronto - o salmão é tão legal, que nos mostra o quanto está cozido: basta olhar para a lateral e ver o quanto está rosa clarinho. Aí é só virar, e deixar mais uns 2 minutos e está pronto.
Para tornar o prato mais especial, ao virar a posta, acrescente uma colher de manteiga, um ramo de tomilho e um alho esmagado. Incline a frigideira e regue a posta com a manteiga derretida usando uma colher.
Se você começar com o fogo alto, a pele ficará dourada. Se o fogo estiver médio alto, ele levará mais tempo para cozinhar por dentro, expondo a pele ao calor por maior tempo, dando uma coloração preta,  o que os americanos chamam de "blackened"(enegrecido) - como está na foto. Dá um gosto mais forte e fica super crocante - vale experimentar um dia.




Cebolas confitadas

Estas cebolas confitadas podem ser usadas como acompanhamento em inúmeros pratos: carnes, peixes, frango ou até mesmo direto em uma fatia de pão tostado. 
Pode parecer estranho colocar anis estrelado, mas ele acentua o sabor das carnes e dá às cebolas um gosto "carnudo". Experimente colocar em ensopados como osso buco, carne de panela ou pratos com porco.
É importante começar com a panela fria e ir aquecendo devagar e manter em fogo baixo até ficar pronto.

Ingredientes:
2 cebolas grandes (eu prefiro roxas)
1 anis estrelado
Azeite de oliva (deve cobrir bem o fundo da panela)
Pitada de sal

Preparo
1. Fatiar as cebolas bem fininho
2. Colocar tudo em uma panela grossa fria.
3. Levar ao fogo baixo durante 45-60 minutos tampado, mexendo de vez em quando.
4. Estarão prontas quando a cor ficar bem escura.



La Frontera

Se você não se importa de ir em um restaurante de carnes na frente de um cemitério, o La Frontera é uma excelente pedida. Comida argentina - a parrilla como só eles sabem fazer - atendimento cortês, decoração simples de bom gosto e jarra de água de cortesia. Tudo para funcionar e funciona.
Cardápio com bastante opções para contentar todos os gostos. Tem um menu executivo (entrada, prato principal e sobremesa) e pratos do dia no almoço além do cardápio normal.

Já comi o menu algumas vezes. Sempre a salada de grão de bico com queijo de cabra e tomates - delicada, casando bem o doce e o salgado com o crocante de um pão chato. Sempre o bife de chorizo, no ponto perfeito - tostado por fora e mal passado por dentro - acompanhado de um purê de batatas com azeite e chimichurri. O flan da sobremesa é bem ruim - pedi uma vez e desde então só peço a fruta do dia.

Desta vez resolvi variar: pedi uma prime rib de porco. Enorme, tostada por fora, macia e suculenta por dentro como toda carne de porco deveria ser. Vem acompanhada de um delicioso feijão preto (que definitivamente não deve ter sido preparado por um argentino), uma farofa de banana (mais uma vez, preparada melhor do que muito restaurante brasileiro), arroz e couve crocante. Deliciosa! O melhor corte de porco que comi em muito tempo.

Vale muito a pena e me entusiasmou a variar mais nos pedidos.


Aerador de vinho Rabbit

Decantar vinhos tem basicamente duas utilidades: abrir os aromas e separar a borra. Por mais que seja charmoso e bacana, nem sempre você quer usar (ou lavar) um decanter. Para nós preguiçosos, a indústria inventa uma série de "decanters instantâneos" - testei vários e o que mais gostei foi o Rabbit.
Aera o vinho, filtra os resíduos e corta gotas. Leve, fácil de lavar, ocupa pouco espaço na gaveta e realmente funciona. Dificilmente sirvo um tinto sem ele - a não ser que o dia peça o ritual de um decanter, cujo charme é insubstituível.


Sanduíche de mortadela

O Mercado Municipal de São Paulo é muito legal, muito bacana - tem coisas que você só acha lá e etc. Mas, no final das contas, a gente vai mesmo pelo sanduíche de mortadela.
Tem quem torça o nariz para a quantidade insana de mortadela que conseguem colocar dentro do pão sem usar nenhum palito, mas que é gostoso, isso é.
Quase todos os bares reivindicam para si a invenção do sanduíche mas, para mim, o melhor é o do Hocca.
Mortadela Ceratti, cortada em fatias bem finas e empilhadas dentro de duas metades de pão tão altas quanto o antigo World Trade Center. Pode ser o tradicional (só mortadela) quente ou frio, acompanhado de queijo ou outras versões que variam de acordo com o local.
Comi um de mortadela com queijo, bacon, tomate fresco e alface (para não ensopar o pão - porque ninguém faz questão de verdade). Altura que desafia a abertura da boca, suculento, salgado na medida certa e cortado pela leve doçura do tomate.
Custa R$15 fora o Digeplus da sobremesa.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Bolo de laranja com mel de lavanda


Bolo de laranja com sorvete de mangostão


Receitas - Presunto de javali

É possível fazer uma série de coisas com o mesmo ingrediente. O presunto de javali pode ser substituído por presunto cru ou Parma e até mesmo salame ou copa.

#Salada de frutas com presunto:

Ingredientes:
Melancia e melão em cubos grandes.
Xarope de açúcar simples com suco de limão (açúcar e água em partes iguais).
Presunto de javali
Azeite, sal e pimenta.

Preparo:
1. Pincelar os cubos com o xarope e tostar em uma grelha pré-aquecida.
2. Servir em um prato com o presunto e os temperos.


#Risotto de tomate e presunto:

Ingredientes:
Cebola roxa picada
Vinho branco
Caldo de legumes ou frango
Arroz para risotto (prefiro Carnaroli ou Vialoni Nano)
Tomate seco (em casa de preferência)
Parmesão ralado
Manteiga
Manjericão
Presunto de javali

Preparo:
1. Refogar a cebola no azeite. Depois acrescentar o arroz.
2. Refogar até a parte externa ficar translúcida. Acrescentar o vinho branco e mexer até secar.
3. Acrescentar o caldo aos poucos até ficar 90% pronto.
4. Acrescentar os tomates, parmesão e manteiga.
5. Mexer até emulsionar a manteiga e ficar cremoso.
6. Acrescentar o manjericão e deixar tampado por 3 minutos.
7. Servir no prato e colocar o presunto por cima.







Presunto de javali

Feito no estilo do presunto de Parma, curado com vários temperos, tem sabor mais forte e menos salgado.


Alma Maria

O Alma Maria fica na Rua Oscar Freire próximo a Padre João Manuel. É um restaurante de inspiração espanhola, decorado no estilo “mercearia-chique” com staff impecável.
O cardápio salgado é veladamente dividido em dois: pratinhos (entradas, sopas, tapas e saladas) e pratos principais.
De entrada/tapas comi um croquete de presunto ibérico crocante por fora e cremoso na medida por dentro. Dá pra sentir bem salgadinho do presunto contrastando com a leve doçura do purê de batata. Os anéis de lula estavam bem temperados e macios, mas poderiam ser mais crocantes. A bruschetta de tomates é bem saborosa, mas sem nada de especial. O solomito de morcilla (nome bonito de sanduíche de chorizo) vem com cebolas carameladas e tem um sabor marcante, mas sem ser pungente - e até que poderia ser pelo tamanho quase de amuse-bouche.
A galinha d’Angola é bem saborosa e suculenta, com um molho intenso - embora adocicado demais pro meu gosto - vem servido com legumes de forno no ponto. O ponto alto pra mim é o porco, que é feito primeiro sous-vide (à vácuo - a melhor maneira de se fazer porco) e depois tostado no forno, as batatas são cozidas e depois assadas na gordura do porco, à semelhança das batatas de frango televisão de cachorro, deliciosas. Só acho que a pele poderia ser mais crocante - o lado bom é que sendo borrachenta a gente não come, aí dá até pra fingir que é saudável.
Nunca comi nenhuma sobremesa porque, pelo cardápio, não me apeteceram nem um pouco.
Ah, a sangria é ótima!
Acho que os pratos poderiam ser maiores pelo preço, mas vale a pena se escolher certo a pedida.











Ingredientes

Começou a época de caqui!


Pipoca com beurre noisette e sal trufado.


Mercearia do Francês

Tem alguns lugares que a gente cria birra, às vezes por uma experiência ruim ou simplesmente sem explicação alguma. A Mercearia do Francês (Rua Pará x Itacolomi) era um dos meus. Talvez pelo atendimento apressado, pelos garçons mal humorados ou pela comida que tenta ser mais do que é. Enfim, sou sempre a favor de segundas chances e hoje, depois de quase um ano, retornei para comer um dos meus pratos favoritos: mexilhão com batata frita (moules et frites). Cada lugar prepara de um jeito e lá é feito com inspiração provençal: vinho branco, creme de leite, manjericão e erva doce. O prato é bem temperado e servido, com um caldo delicado mas de sabor marcante e leve apesar do creme de leite, entretanto com um número maior do que o esperado de mexilhões vazios ou que não abriram. Aqui vale lembrar as regras básicas para comer mariscos: se estiver aberto antes de cozinhar, não coma; se não abrir depois de cozido, também não coma. As batatas são allumettes clássicas (palitinhos) com um aïoli bem gostoso. Muito crocantes, mas tive que ser rápido pois elas amoleciam rápido.
O atendimento continua sem grandes simpatias, mas agora presente e atencioso - o maître até trouxe um “guardanapo babador” para eu não sujar a camisa - uma boa evolução do clima bistrô-mau humorado de antes.
Voltarei provavelmente dentro dos próximos 6 meses.



Codorna com legumes de forno

# Codorna
Ingredientes:
1 codorna
1/4 limão
1 dente de alho
1/2 ramo de alecrim
Preparo:
1. Rechear a codorna com o alecrim, limão e alho.
2. Untar com azeite, temperar com o sal e pimenta.
3. Dourar todos os lados em uma frigideira antiaderente com um fio de azeite e, transferir para o forno pré-aquecido a 200ºC por 10 min.
4. Deixar descansar fora do forno na própria frigideira coberto com papel alumínio.
# Legumes

Ingredientes:
1/2 abobrinha cortada em palitos
12 tomates sweet grape cortados no meio
Preparo:
1. Colocar tudo numa camada em uma assadeira sem sobrepor as peças.
2. Regar com azeite e temperar com sal e pimenta.
3. Assar no forno pré-aquecido a 120ºC por uma hora.
# Montagem
Dispor os legumes formando uma cama e colocar a codorna por cima.


Gopala Hari

O Gopala originalmente era apenas um restaurante, a sociedade acabou e foi dividido em 2: Gopala Hari (http://gopalahari.com.br) e Gopala Madhava (http://www.gopalamadhava.com.br). Comi no Hari num sábado par - por incrível que pareça, isso faz diferença, já que o cardápio muda nos dias ímpares.
Fila enorme, embora tenha andado relativamente rápido. O ambiente é simples, com muitas mesas e decorado com motivos indianos, lógico. O atendimento é apressado, confuso e nem um pouco zen.
Você paga um valor fixo e tem direito a escolher uma entrada, prato principal e uma sobremesa das opções do dia. De quebra vem um suco, que na ocasião foi de maracujá com cardamomo que estava bem refrescante.
A entrada era uma salada verde meio sem graça. Vou falar da sobremesa antes porque, bizarramente ela foi trazida junto com a salada. Comi uma bolota de leite aerado com calda de rosas - era muito feio e tão ruim quanto a aparência. Provei uma tortinha de doce de leite bem gostosa. Do lado da sobremesa, a atendente colocou um copinho que parecia ter leite condensado. Foi quando descobri porque a salada ficou sem gosto: era o molho que tinha vindo a parte e não disseram do que se tratava.
O prato principal salvou o dia: torta de abobrinha com tomate seco, arroz de manga, dahl de feijões, legumes empanados e um espetinho de salsicha de soja com queijo e molho de tamarindo. Uma delícia.
Total: R$26,50 - acho que vale a pena, basta ter uma paciência budista, colocar o molho na salada e não pedir o leite aerado.



Ingredientes

Começou a época de mangostão!




Quality Social

Gastropubs são pubs com os tradicionais ingredientes: rock alto, balcão de madeira e grande variedade de cervejas mas, com comidas gourmets. O Quality Social (Rua F x 6 Av) é um típico exemplar localizado no Gaslamp District de San Diego.
Ambiente com pouca luz, muita madeira, bancos de couro e um palco. No meio do salão fica um bar-ilha retangular onde 2 barwomen preparam drinks e servem cervejas. A música é rock do pop ao hard - fui embora logo antes da banda começar a tocar.
O Quality Social é conhecido por fazer quase tudo na sua própria cozinha: bacon, salame, até o ketchup e mostarda. De entrada eu pedi uma porção de asinhas de pato - macias e suculentas soltando do osso, cobertas com um molho picante de harissa, acompanhadas de raita (molho indiano a base de iogurte com pepino e hortelã) para esfriar a língua. Depois comi um chilli hot dog de salsicha feita na própria casa - de invólucro firme e quase crocante com interior supersuculento - coebrtos com chilli, queijo pepper jack e cebola. Em San Diego, quase todos os lugares têm batata doce frita, não sei se é uma tradição local, mas são deliciosas e as do Quality Social eram crocantes por fora e quase um purê por dentro. O molho era um aìoli de abacate bem interessante.
Tomei uma cerveja escura havaiana chamada “Coco” que tinha gosto de… coco! Um ingrediente que eu nunca imaginei numa cerveja mas que, surpreendemente, funcionou muito bem.
Total da noite: US$32 incluindo a cerveja - quero muito voltar.