sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Santarém fica na frente do encontro dos rios Amazonas e Tapajós, onde podemos ver as águas cor de chocolate e Coca-Cola se misturando. A poucos minutos de barco podem ser vistos os botos, que nadam sem medo ao lado dos barcos, já que não são caçados. Quer dizer, pelo menos o boto cinza não é. O boto cor de rosa foi assim denominado pelo oceanógrafo Jacques Custeau, mas antigamente era chamado de boto vermelho pelos ribeirinhos. Este boto, ao contrário do cinza, era tido como um animal ruim, que engravidava as mulheres com o olhar e comia os peixes presos nas redes. A verdade é que ele realmente as destrói, só que não apenas para comer, mas também para fugir quando é preso nas redes dos barcos pesqueiros. 

Na curta passagem por Santarém, só comi em um restaurante, a Peixaria Rayana. 

Especializada em peixes da região, os prepara de diversas maneiras diferentes. Destaque para o tambaqui, tucunaré, pirarucú e curimatá. Minha opção era o surubim, mas o prato era grande demais para duas pessoas.

De entrada comemos o charutinho frito, que é um peixe pequeno, semelhante a uma tainha ou pratiqueira. O detalhe é que são feitos vários cortes no dorso do peixe, o que dá uma crocância espetacular quando é frito. Isso é uma dica bacana que dá para aproveitar em casa - podem conferir numa receita de salmão crocante aqui no esfomeado.

De prato principal pedimos o tucunaré com molho de camarão. Mesmo a porção pequena é ridiculamente grande, servindo 4 pessoas bem fácil. Tivemos que fazer caber em apenas 2 estômagos. O que não foi nem um pouco difícil por estar fresco, suculento e com uma quantidade de camarão suficiente para fazer um prato de estrogonofe.


Depois de sair do almoço com uma barriga de 28 semanas de gestação, para o jantar, tive que ficar apenas com um chá e os deliciosos amendoins do avião.


Charutinho frito

Tucunaré com molho de camarão


Opções de molhos para os peixes

Carta de whiskys bem estranha



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