quarta-feira, 16 de maio de 2012

Taberna 474

As tascas estão para Portugal, como os bistrôs estão para a França: surgiram como pequenos restaurantes familiares que ofereciam comidas caseiras e substanciosas geralmente usando ingredientes menos nobres, leia-se baratos. Ao longo dos anos o termo foi virando sinônimo de restaurante português e, especialmente em São Paulo, não necessariamente pequeno e muito menos barato. 

A Taberna 474 fica num limbo entre Pinheiros e o Itaim, numa simpática esquina relativamente arborizada e com muitas vagas para se estacionar - coisa rara por aqui. A decoração segue o estilo "semi-rústico" com muita madeira e toalhas de tecido. O cardápio tem opções para todos os gostos, embora a carta de vinho não seja para todos os bolsos.

As pataniscas de bacalhau, são uma espécie de bolinhos feitos com ovos e farinha de trigo bem mais leves e crocantes, estavam muito boas, melhores do que várias que comi em Portugal. O arroz de pato é imperdível: encorpado e de gosto bem intenso, com generosos pedaços de pato e linguiça. O bacalhau na brasa é a estrela do cardápio: um pedaço respeitável que serve 4 pessoas, embora no cardápio diga que é para duas - basta pedir mais acompanhamentos, grelhado na brasa no próprio osso, o que garante uma firmeza e suculência no ponto. Para o meu paladar faltava um pouco de gosto, mas nada que um toque de sal e limão não resolvessem.

De sobremesa comi o arroz doce: bem saboroso com consistência al dente e um toque de canela.











terça-feira, 15 de maio de 2012

Faire la Bombe

É uma pequena patisserie em Pinheiros que vem seguindo a febre de "versões tunadas de docinhos tradicionais". A onda começou com os cupcakes, passou pelos brigadeiros gourmets, quindins e agora chegou nas bombas. A bomba é feita com pâte à choux assada - não é difícil de fazer, mas tem que ter um bom braço, ou para os preguiçosos como eu, uma boa batedeira. A massa pode ser recheada por qualquer coisa semi-firme, geralmente um ganache, e a cobertura vai por cima para complementar o recheio e deixar a bomba mais apresentável.

O ambiente é bonitinho, com algumas mesas em uma lateral e o balcão com as atendentes e os doces do outro. No fundo fica a cozinha-aquário onde vemos o cozinheiros preparando tudo em real-time. As variedades das bombas estão escritas em um quadro negro com o nome e seus ingredientes - acho isso ótimo porque simplifica a escolha e evita problemas com pessoas alérgicas. Estão disponíveis em 2 tamanhos com preços que variam em média de 4 a 9 reais a unidade. O atendimento é um pouco confuso e lento nos horários de pico, causando uma mini muvuca, mas que é compensada pela simpatia das atendentes.

Eu queria provar a de limão siciliano, mas não tinha e tive que me contentar com a de brigadeiro e a de pistache. Massa sequinha e firme na medida certa com recheio abundante nos dois casos. A de brigadeiro não é excessivamente doce e deixa um gostinho de quero mais. A de pistache é OK: tem realmente sabor de pistache mas com um retrogosto de amêndoas, que me lembrou marzipã que, por sua vez, me fez pensar em barata - nada me tira da cabeça que barata deve ter gosto de marzipã - não comerei essa de novo.

Voltarei, mas eu esperava algo mais inovador como uso frutas locais e bombas salgadas - acho que vou ter que fazer eu mesmo a minha sonhada bomba de queijo com farofa de presunto cru.






segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pensando diferente

Às vezes mudar a apresentação de um prato deixá-lo mais funcional e divertido.

Aqui fiz um carpaccio com presunto cru.

- Método:

1. Abra as fatias de presunto e coloque uma ao lado da outra.
2. Coloque uma quantidade de rúcula menor do que você gostaria (senão não enrola).
3. Rale um pouco de parmesão.
4. Enrole como se fosse um sushi, corte em pedaços.
5. Tempere com azeite extra virgem e o vinagre que quiser.



A Chapa

Sabe aqueles lugares: nunca fui e não tenho vontade? Pois é, A Chapa era um deles. Por um motivo qualquer, nunca tive vontade de ir lá - mas fui neste sábado à tarde fazer uma "boquinha".

Como não queria comer muito peguei leve: comecei com um milk shake de Ovomaltine. Não tem ciência alguma, precisa ser muito desorientado pra não fazer um bom, vem com canudo grosso e uma colher longa para ajudar no serviço.

Sou fã de batatas doces fritas. Quando vi no cardápio tive que pedir, mas não valem a pena: apesar de crocantes e macias por dentro, tem um bizarro gosto de abóbora!

O sanduíche foi um hot dog com bacon e a maionese "caseira" deles, não posso dizer que estava ruim, mas nada diferente do que pode ser feito em casa com bacon e salsichas de supermercado.

No final das contas não foi de todo ruim. Contudo, só vale a pena se não tiver nenhum, realmente, nenhum outro lugar pra comer.